A HISTÓRIA DO BIQUÍNI
hoje vamos abordar aqui resumidamente um pouquinho sobre a origem do biquíni ... afinal, além de super interessante, essa história tem a ver com ousadia, e ousadia é nossa marca registrada.
na verdade, ninguém pode ser chamado “inventor do biquíni”, já que além de ser uma peça de vestuário, ou melhor, uma pequena peça de vestuário, o biquíni é muito mais atitude do que tecnicamente roupa.
A HISTÓRIA DO BIQUÍNI
na antiguidade, lá por 1600 ac , mosaicos romanos já registravam os mais antigos “duas peças” do mundo . o curioso é que esses modelos eram bem mais ousados do que aqueles que vimos surgir algumas centenas de anos depois!
em 1946, um ano após o término da II guerra mundial, dois desenhistas franceses ficaram famosos por criar o biquíni: jacques heim e louis reard. heim é reconhecido como o criador da “menor roupa de banho do mundo” , também conhecido como “átomo” , que ele lançou como uma alternativa mais sexy para o maiô duas peças.
reard, um engenheiro mecânico e filho do dono de uma loja de lingerie, também se aventurou a desenhar a última novidade em moda praia. e lançou um biquíni que mostrava mais pele do que nunca, inspirado por banhistas de st. tropez que enrolavam seus maiôs duas peças para queimarem mais partes do corpo.
reard acreditou ser o momento certo para introduzir mais liberdade e enxergou o biquíni como uma solução mais prática. alguns dias depois , esse pioneiro mandou aviões que escreveram no céu a seguinte mensagem: “Bikini, o menor dos menores maiôs duas peças” .
e foi assim, a sensação do momento, tão impactante quanto o próprio evento do teste atômico em 1º de Julho de 1946 , conduzido pelo exército americano no atol de bikini nas ilhas marshall no oceano pacífico. dezoito dias depois, registrou o nome BIKINI.
na época jornais sugeriam que reard havia se inspirado na visão de uma pessoa emergindo da explosão com suas roupas tão rasgadas que resultaram no modelo que ele criou.
não que o primeiro biquíni fosse muito diferente do maiôs duas peças usados 15 anos antes. no final da década de 30, tecidos elásticos já estavam sendo usados para fazer maiôs. o “nylon” que foi criado pela empresa americana du pont, foi lançado pouco tempo antes da guerra. suas propriedades de secagem rápida e efeito modelador , o fizeram a melhor opção de tecido para linha praia.
O biquíni de reard era simplesmente menor e foi lançado com marketing mais agressivo do que seus antecessores. e aí começou uma gradativa diminuição de tamanho que atingiu seu ápice nas praias de nudismo da europa.
por muitos anos, reard teve uma loja de biquínis na avenue de l`opera, em paris. nas vitrines lia-se “aqui se vende o biquíni original” . e era mesmo, junto com todos os outros tipos, para vestir todos os corpos , tamanhos e cores. a fama da loja era de oferecer mais de 100 modelos diferentes, incluindo o primeiro top que podia ser usado sem alças, por aqui mais conhecido como “tomara-que-caia” .
o biquíni não foi tão bem recebido em outras nações. os países de religião predominantemente católica acharam o novo modelo inaceitável.
mas, mesmo estando no auge da moda, os “minúsculos” duas peças eram uma afronta para os habitantes de vários países.
surpreendentemente, as mulheres norte-americanas, apaixonadas por roupas e moda, não aderiram imediatamente ao biquíni. mesmo as californianas, que à época eram as maiores frequentadoras de praias e piscinas, acharam aquilo um pouco demais...
foi assim, até que estrelas como rita hayworth e marilyn monroe se deixaram fotografar de biquíni , e então as norte-americanas finalmente começaram a aceitar os biquínis como peças de moda praia.
no Brasil, o biquíni começou a ser usado no final dos anos 50. primeiro, pelas vedetes, como carmem verônica e norma tamar, que juntavam multidões nas areias em frente ao copacabana palace, no rio de janeiro, e, mais tarde, pela maioria decidida a aderir à sensualidade do mais brasileiro dos trajes. a partir daí, a história do biquíni viria se tornar parte da história das praias cariocas, verdadeiras passarelas de lançamentos da moda praia internacional.